A violência marcou a manhã desta segunda-feira (18) na zona Leste de Teresina, com dois homicídios registrados em um intervalo de menos de uma  horas, ambos no bairro Pedra Mole. As vítimas foram um adolescente de 14 anos, morto ao sair da escola, e um homem de 52 anos, assassinado enquanto andava de bicicleta.

Os crimes, que ocorreram próximos um do outro, estão sendo investigados pela Polícia Civil, que apura se há ligação entre os casos, já que há relatos de características semelhantes no modo de agir do suspeito.

O primeiro homicídio aconteceu quando Pedro Leonardo da Silva, de 14 anos, foi alvejado ao sair de uma escola na região. Segundo testemunhas, o adolescente foi surpreendido por um homem mais velho, que chegou em uma bicicleta azul e efetuou disparos.

Pedro foi levado pelos próprios pais ao Hospital São Carlos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de dar entrada na unidade de saúde. A polícia apura relatos de que o adolescente teria gravado um vídeo que pode estar relacionado à motivação do crime, hipótese que ainda está sob investigação.

Menos de uma horas depois, Raimundo Monteiro da Silva Neto, de 52 anos, conhecido como "Tubarão", foi morto a tiros enquanto andava de bicicleta, também no bairro Pedra Mole. O corpo foi encontrado ao lado de sua bicicleta, com marcas de disparos de arma de fogo.

De acordo com testemunhas, o autor dos disparos também estaria em uma bicicleta, com descrição semelhante ao suspeito do primeiro homicídio. A irmã de Raimundo afirmou que ele não tinha inimigos conhecidos e não possuía envolvimento com atividades criminosas, o que torna o caso ainda mais intrigante para as autoridades.

A Polícia Militar isolou as áreas dos dois crimes para a realização da perícia, e os corpos foram removidos pelo Instituto Médico Legal (IML). O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está à frente das investigações e busca identificar se há relação entre os casos ou se os crimes foram motivados por questões distintas.

O capitão Ferdinan, do 5º Batalhão de Polícia Militar, destacou as semelhanças relatadas pelas testemunhas, mas afirmou que ainda é cedo para tirar conclusões. "Estamos apurando os fatos e analisando as coincidências. Não podemos afirmar, no momento, se foi o mesmo autor em ambos os casos", declarou.