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Polícia Federal desarticula plano golpista contra posse presidencial em operação nacional

A organização criminosa idealizou um plano para impedir a posse do governo eleito em 2022.

Alexia Dias
Por: Alexia Dias
19/11/2024 às 08h14
Polícia Federal desarticula plano golpista contra posse presidencial em operação nacional
Reprodução/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) a Operação Contragolpe, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado para impedir a posse dos eleitos nas Eleições de 2022 e restringir o funcionamento do Poder Judiciário. Os desdobramentos da operação ocorreram nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, com acompanhamento do Exército Brasileiro.

As investigações apontam que o grupo era composto majoritariamente por militares das Forças Especiais e tinha elevado conhecimento técnico-militar. O planejamento, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, incluía ações para o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin, no dia 15 de dezembro de 2022, além da prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os cinco alvos de mandados de prisão preventiva estão:

  • Hélio Ferreira Lima: integrante do grupo “Kids Pretos”;
  • Mário Fernandes: militar e ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro;
  • Rafael Martins de Oliveira: integrante dos “Kids Pretos”;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo: também dos “Kids Pretos”;
  • Wladimir Matos Soares: policial federal.

A operação também cumpriu três mandados de busca e apreensão e aplicou 15 medidas cautelares, incluindo suspensão de funções públicas, proibição de contato entre investigados e entrega de passaportes em até 24 horas.

O plano era sofisticado, com uso de técnicas militares avançadas. O grupo previa a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar os conflitos após a execução do golpe. O planejamento detalhava recursos humanos e bélicos necessários, indicando um alto grau de organização e expertise técnico-militar.

As ações seriam realizadas três dias após a diplomação de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), evento que ocorreu em 12 de dezembro de 2022.

Os investigados poderão responder por crimes como:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Organização criminosa.
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