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Delegados Carlos César e Luccy Keiko detalham inquérito sobre acidente fatal em Teresina

Na ocasião, Jucemberg Silva morreu após ser atropelado por um carro; caso ocorreu em outubro deste ano na zona Norte

Alexia Dias
Por: Alexia Dias
21/11/2024 às 12h14
Delegados Carlos César e Luccy Keiko detalham inquérito sobre acidente fatal em Teresina
Kassio Cavalcante/Teresina em Foco

Os delegados Carlos César e Luccy Keiko, da Polícia Civil do Piauí, apresentaram nesta quinta-feira (21) os detalhes do inquérito sobre o acidente fatal ocorrido em uma ponte de Teresina, que resultou no indiciamento da motorista Mariana (sobrenome preservado) por homicídio com dolo eventual.

De acordo com o delegado Carlos César, a investigação apurou que Mariana desrespeitou o sinal vermelho e realizou uma ultrapassagem pela contramão na via central da ponte, provocando a colisão que matou um motociclista. Testemunhos de um mototaxista e uma pessoa que havia mantido contato com a vítima confirmaram que a motorista estava na contramão no momento do impacto.

"Com base nas provas coletadas e nos depoimentos das testemunhas, ficou claro que a conduta dela foi extremamente arriscada e previsível quanto ao resultado fatal", destacou Carlos César.

Delegado Carlos César e Delegado Luccy Keiko

 

O delegado Luccy Keiko, que também participou da análise do caso, ressaltou que a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) confirmou que o semáforo da ponte estava fixo na hora do acidente, reforçando que Mariana desrespeitou a sinalização.

Um dos pontos abordados foi a suspeita inicial de que Mariana estivesse sob efeito de álcool. Segundo Carlos César, a motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro no local do acidente, mas foi submetida a exames no hospital e no Instituto Médico Legal (IML). "Os exames realizados pelo médico do IML deram resultado negativo para embriaguez, o que foi confirmado por profissionais de saúde que a atenderam", explicou.

Apesar disso, Luccy Keiko destacou o depoimento de um policial da ROCAM que considerou o comportamento de Mariana suspeito, indicando a possibilidade de embriaguez. No entanto, os exames médicos e outros elementos descartaram essa hipótese.

A conclusão do inquérito aponta que a conduta de Mariana, ao realizar uma ultrapassagem na contramão em uma ponte movimentada, configura dolo eventual. Carlos César explicou que essa classificação ocorre quando o autor do crime assume o risco de causar um resultado grave.

"Ultrapassar na contramão, em alta velocidade e com sinal vermelho em uma ponte cheia de veículos, é uma atitude que assume o risco de causar um acidente fatal", afirmou Luccy Keiko.

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