A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 28 de novembro, a Operação Bazófia, com foco em desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias envolvendo o Auxílio Emergencial e operações eletrônicas contra a Caixa Econômica Federal. Além disso, foram identificados esquemas de lavagem de dinheiro utilizando empresas de fachada e outros crimes ainda sob investigação.
Com o apoio de 90 policiais federais, a operação cumpriu 14 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão, nas cidades de Teresina, no Piauí, e Bacabal, no Maranhão. As ordens judiciais foram autorizadas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí.
Os investigadores detalharam como os criminosos acessavam contas de beneficiários do Auxílio Emergencial para desviar recursos. A organização realizava pagamentos de boletos bancários fraudulentos e transferia os valores desviados por meio de diversas transações até depositá-los em contas de "laranjas". Esses recursos eram posteriormente sacados ou usados em outras operações financeiras.
Além do esquema envolvendo o auxílio governamental, o grupo é acusado de operar fraudes bancárias mais amplas, utilizando outros benefícios sociais como parte de seu repertório criminoso.
Um aspecto destacado pela PF foi o uso de empresas de fachada para lavagem de dinheiro. Essas empresas eram criadas para justificar transações e ocultar a origem ilícita dos recursos, que eram usados na aquisição de bens, como veículos de luxo, em uma tentativa de disfarçar os lucros oriundos das atividades criminosas.
Embora o montante total dos prejuízos ainda esteja sendo apurado, as autoridades apontam que o esquema gerou valores expressivos, como indicado pelo estilo de vida ostentatório dos investigados. Não por acaso, o nome "Bazófia" foi escolhido para a operação, em referência à exibição de bens nas redes sociais pelos membros da organização.