Faleceu na tarde deste domingo (19), no Hospital Rio de Ouro, na zona oeste do Rio de Janeiro, o jornalista Léo Batista, aos 92 anos. Ele foi internado desde o dia 6 de janeiro, após ser diagnosticado com um tumor no pâncreas, descoberto durante exames realizados devido a um quadro de desidratação e dores abdominais.
Léo Batista foi um dos maiores nomes da comunicação esportiva no Brasil, com uma carreira que se estendeu por mais de 70 anos. Conhecido como a primeira voz da Fórmula 1 no país, ele recebeu a missão de narrar a temporada de 1972, ano em que Emerson Fittipaldi conquistou seu primeiro título mundial. Na época, a tarefa era desafiadora, já que Léo trabalhava com recursos limitados: narrava as corridas assistidas a uma televisão de 14 polegadas, com imagens em preto e branco, e enfrentava a escassez de informações incluídas.
Além de seu pioneirismo na Fórmula 1, Léo Batista disputou 13 Copas do Mundo e 13 Olimpíadas, consolidando-se como uma referência no jornalismo esportivo. Ele também foi o criador do Grupo Esporte, iniciativa que ajudou a moldar a forma como o esporte é abordado na mídia brasileira.
O legado de Léo Batista vai além de sua contribuição técnica e histórica. Sua dedicação e paixão pelo jornalismo inspiraram gerações de profissionais da comunicação, deixando uma marca profunda no cenário esportivo nacional.