O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), afirmou nesta quarta-feira (29) que a proposta do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de reajustar a passagem de ônibus para R$ 9,80 é inviável e que até o final de fevereiro será apresentada uma solução para as melhorias no sistema de transporte público da capital.
Atualmente, a tarifa custa R$ 4 (inteira) e R$ 1,35 (meia). Para o prefeito, o valor sugerido pelo TCE não condiz com a realidade da população e uma nova composição precisa ser discutida entre empresários e prefeitura.
“No cálculo do Tribunal de Contas do Estado, o valor da passagem é muito alto, a população não pode pagar. É preciso fazer uma composição e todos têm que ceder, empresário e prefeitura”, afirmou Silvio Mendes.
O gestor destacou que o valor da passagem será definido em conjunto com o TCE, o Ministério Público e a Câmara Municipal. Ele garantiu que a decisão seguirá as diretrizes da prefeitura, sem interferência direta do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut).
“Vamos fazer essas medidas com a régua da prefeitura e não do Setut. É preciso que a gente tenha uma solução no máximo até o final de fevereiro”, enfatizou o prefeito.
Outro ponto abordado por Silvio Mendes foi a cobrança de uma dívida superior a R$ 200 milhões feita pelas empresas de ônibus. O prefeito afirmou que a prefeitura irá contestar o valor, levando em consideração os repasses já feitos nos últimos anos.
“Eles estão cobrando uma dívida que ultrapassa R$ 200 milhões, mas eu garanto que não é esse valor e será contestado. O subsídio dos últimos anos foi de R$ 131 milhões, dinheiro público empregado no sistema que ajudou para não ter um transporte pior do que tem hoje”, declarou.
O prefeito garantiu que a prefeitura intensificará a fiscalização do transporte coletivo e que os subsídios só serão pagos às empresas que efetivamente colocarem os ônibus em circulação.
“O subsídio não será dado para os consórcios, será transferido para as empresas que colocarem os ônibus nas ruas, proporcionalmente. Quem não colocar ônibus, não recebe. Vamos querer saber a quilometragem, a frequência dos ônibus, a quantidade da população e quantos ônibus são necessários. São soluções que não podem esperar”, afirmou Silvio Mendes.