Uma operação conjunta realizada pela Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), resultou na interdição de 2.818 litros e 72,52 kg de agrotóxicos irregulares em propriedades rurais do município de Cocal. A ação, que contou com o apoio do 31º Batalhão da Polícia Militar e do Conselho de Engenharia e Agronomia (CREA), teve como objetivo coibir o uso e o armazenamento de defensivos agrícolas proibidos, clandestinos ou vencidos.
A iniciativa foi motivada por denúncias anônimas de moradores da região sobre a utilização inadequada desses produtos, que podem causar riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Durante a fiscalização, a equipe da Adapi identificou infrações graves e lavrou dois autos de interdição.
A primeira interdição ocorreu devido ao armazenamento irregular de 1.760 litros de produtos domissanitários, agrotóxicos destinados exclusivamente ao controle de pragas urbanas, cujo uso é restrito a empresas especializadas e devidamente licenciadas pelo Ministério da Saúde.
Já a segunda interdição foi relacionada à estocagem de 261 litros e 20 kg de defensivos vencidos, armazenados de forma inadequada, o que representa um sério risco de contaminação. O total de produtos retidos inclui substâncias que podem comprometer a qualidade do solo, da água e da produção agrícola da região.
Além disso, os fiscais da Adapi identificaram embalagens vazias de agrotóxicos armazenadas incorretamente, o que configura descumprimento das normas ambientais. O responsável foi notificado e terá 15 dias para providenciar a destinação correta dessas embalagens, conforme determina o Decreto Estadual nº 14.576/2011.
O secretário da Sada, Fábio Abreu, destacou que ações como essa são fundamentais para garantir a segurança alimentar da população e o uso responsável dos insumos agrícolas. "Essas ações são de extrema importância, pois garantem que a agricultura seja realizada de forma responsável, preservando a saúde das pessoas e do meio ambiente", afirmou o secretário.
Segundo o gerente de Defesa Vegetal da Adapi, Ozael Valério, a operação foi bem-sucedida ao atender as denúncias e identificar os problemas apontados. "A operação foi um sucesso, pois conseguimos identificar os problemas relatados e agir de forma rápida e eficiente", destacou Valério.
Já o coordenador de Controle de Agrotóxicos da Adapi, Olavo Castelo Branco, explicou que os responsáveis pelos produtos interditados terão 30 dias para apresentar as notas fiscais e comprovar a origem dos insumos. "A Coordenação do Controle de Agrotóxicos está atenta e respondendo às denúncias. O proprietário terá 30 dias para apresentar a documentação necessária. Além disso, os fabricantes dos produtos vencidos serão notificados para realizar o recolhimento", esclareceu Castelo Branco.