O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que esta quarta-feira (2) será o "Dia da Libertação" para o país, ao apresentar um novo pacote de tarifas de importação. A medida, que será divulgada oficialmente no Jardim das Rosas da Casa Branca às 16h (horário local), deve ampliar a política protecionista americana e pode desencadear uma onda de retaliações de grandes parceiros comerciais, como a União Europeia e o Canadá.
Trump, de 78 anos, mantém os detalhes da medida sob sigilo, mas já adiantou que as tarifas terão efeito "imediato", segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Entre as possibilidades estudadas está a implementação de uma tarifa única de 20% sobre todas as importações e um tratamento diferenciado para determinados países.
Convencido de que os Estados Unidos são prejudicados por práticas comerciais de outros países, Trump enxerga as tarifas como um instrumento essencial para reindustrializar o país, reduzir o déficit fiscal e reequilibrar a balança comercial. Inspirado no protecionismo econômico do final do século XIX e início do século XX, o presidente tem adotado medidas que elevam os impostos sobre produtos estrangeiros, visando estimular a produção nacional.
Desde que reassumiu a presidência em janeiro, Trump já ampliou as tarifas para produtos chineses e para parte das importações do México e Canadá, países que fazem parte do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC). Além disso, ele impôs taxas sobre aço e alumínio importados de diversas origens.
Um dos pontos centrais das novas medidas é a aplicação de uma tarifa adicional de 25% sobre automóveis e autopeças fabricados no exterior, a partir de quinta-feira (3). No entanto, veículos montados no México e Canadá terão uma regra diferenciada: a taxa será aplicada apenas sobre as peças que não forem provenientes dos Estados Unidos.