A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (3), a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, que investiga a influência de facções criminosas no processo eleitoral das eleições municipais de 2024. Entre os alvos da ação, está a vereadora Tatiana Medeiros (PSB), que foi presa em Teresina.
Os agentes cumprem oito mandados judiciais, incluindo dois de prisão preventiva, três de busca e apreensão e três de afastamento de função pública, atingindo investigados da Câmara Municipal de Teresina, da Assembleia Legislativa e da Secretaria de Estado de Saúde do Piauí. As ordens foram expedidas pelo 1º Juízo de Garantias da Justiça Eleitoral no Piauí e estão sendo cumpridas em Teresina e na cidade de Timon, no Maranhão.
Segundo a PF, a apuração teve início logo após as eleições de 2024 e revelou vínculo entre Tatiana Medeiros e uma facção criminosa com forte atuação no estado. Há indícios de que sua campanha foi financiada com dinheiro ilícito, além de suspeitas de desvio de recursos públicos por meio de uma organização não governamental.
Aindo segundo a PF, diante dessas descobertas, a Justiça determinou ainda a suspensão das atividades da ONG investigada, impedindo novos recebimentos de recursos, além da proibição dos investigados afastados de frequentar seus antigos locais de trabalho e de manter contato com servidores.
Além da prisão da vereadora, a PF também prendeu outro investigado que já possuía mandado de prisão preventiva em aberto.
A Polícia Federal segue analisando os documentos e provas coletadas durante a operação. O Partido Socialista Brasileiro (PSB), ao qual Tatiana Medeiros é filiada, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a prisão da parlamentar.