Max Verstappen venceu neste domingo (6) o Grande Prêmio do Japão com a frieza de um samurai e a precisão de um cirurgião. O piloto da Red Bull largou da pole position e, como de costume, não olhou para trás — ou melhor, olhou apenas para garantir que Lando Norris continuava longe o bastante para não incomodar mais do que o necessário.
A largada foi o ponto-chave. Verstappen admitiu após a corrida que sair na frente era essencial para ditar o ritmo. E ditou. Enquanto os engenheiros da Red Bull calculavam cada milésimo no pit wall, Max fazia o que sabe melhor: transformava uma corrida complicada em um passeio meticulosamente controlado.
Mas nem tudo foi tão zen quanto a paisagem de Suzuka. O momento mais tenso veio justamente nos boxes, quando Verstappen e Norris saíram praticamente emparelhados. O piloto da McLaren acusou o rival de tê-lo forçado para fora da pista. A FIA olhou, coçou a cabeça, e decidiu não fazer nada — porque, convenhamos, em disputa dura não se dá troféu pra quem chora.
A vitória marcou a quarta consecutiva de Verstappen no circuito japonês, um feito que deixa para trás o recorde de ninguém menos que Michael Schumacher. Para efeito de comparação, nem Hamilton conseguiu esse feito na era híbrida. Traduzindo: Max está empilhando estatísticas com a mesma facilidade com que empilha troféus no armário.
Agora, o campeonato fica ainda mais interessante — Verstappen encosta em Norris na tabela, ficando a apenas um ponto do inglês. A temporada de 2025 promete virar ringue, e Max não só entrou pronto para a briga como já acertou o primeiro direto no queixo da concorrência.
E, num toque quase poético, essa vitória vem no quintal da Honda, que se despede da F1 em 2026. Se alguém tinha dúvidas sobre a dominância do casamento Red Bull-Honda, Suzuka acaba de servir a prova final — em alta velocidade e sem espaço para arrependimento.