A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí deflagrou, na manhã desta terça-feira (8), mais uma fase da Operação Rolezinho nas cidades de Teresina, José de Freitas, Campo Maior e Piracuruca. A ação teve como foco o combate à prática ilegal conhecida como “grau”, em que motociclistas realizam manobras perigosas em vias públicas e divulgam os feitos nas redes sociais.
Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão domiciliar contra indivíduos suspeitos de promover esse tipo de conduta. Ao todo, a Justiça determinou a aplicação de 140 medidas cautelares diversas da prisão — sete para cada um dos 20 alvos da operação.
Entre as sanções aplicadas estão o comparecimento obrigatório sempre que intimado, proibição de deixar a comarca sem autorização judicial, atendimento psicossocial remoto, suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por seis meses e o recolhimento domiciliar, noturno e integral nos finais de semana, pelo mesmo período.
Os investigados também foram obrigados a retirar imediatamente das redes sociais todas as publicações relacionadas ao “grau” e estão proibidos de realizar novas postagens com esse teor em qualquer plataforma digital.
A operação contou com a participação de agentes de segurança de nove estados brasileiros, incluindo Paraná, Maranhão, Rondônia, Paraíba, Amazonas, Mato Grosso, Bahia, Tocantins e Sergipe. Esses profissionais estão em Teresina para o Curso Nacional de Capacitação sobre o Protocolo de Repressão a Crimes de Direção Perigosa e acompanharam a execução prática das estratégias adotadas no Piauí.
Segundo o delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança do Piauí, os alvos da operação exercem influência significativa nas redes sociais, o que vem contribuindo para a disseminação desse comportamento perigoso entre os jovens.
“As investigações revelam que os alvos da operação exercem ampla influência nas redes sociais, o que tem incentivado um número crescente de jovens a adotarem práticas perigosas, como o ‘Grau’, aumentando os riscos de acidentes e contribuindo para a desordem e a perturbação da coletividade”, explicou Zanatta.
Além da suspensão da CNH e das restrições de mobilidade, os investigados também passaram a usar tornozeleiras eletrônicas pelo período de seis meses. A proibição de frequentar locais onde ocorrem disputas ou manobras com veículos automotores também faz parte do pacote de sanções.