Motoristas e cobradores de ônibus deflagraram uma greve geral nesta segunda-feira (12), afetando todo o sistema de transporte público da capital. A paralisação é por tempo indeterminado e foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro), após o fracasso de negociações com o setor patronal.
Os trabalhadores pedem um reajuste salarial de 15%, além da revisão dos valores de ticket-alimentação e do auxílio-saúde. Segundo o Sintetro, os salários estão congelados há três anos. No fim da semana passada, a categoria já havia feito paralisações pontuais nos horários de pico. O movimento desta segunda representa a radicalização da mobilização.
Nas primeiras horas da manhã, paradas de ônibus ficaram lotadas. Muitos usuários tiveram que recorrer a motoristas de aplicativo ou ao transporte alternativo, enfrentando aumento nas tarifas e atrasos. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) começou o cadastramento de carros particulares para operação emergencial.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Setut) acionou a Justiça do Trabalho para garantir o funcionamento da frota. A Justiça determinou que 40% dos ônibus circulem nos horários normais e 80% nos horários de pico. O descumprimento da ordem pode gerar multa de R$ 50 mil por dia ao Sintetro.
O Sintetro afirma que suspendeu uma paralisação no sábado (10) após pedido da Strans, que prometeu abrir negociações. No entanto, segundo o sindicato, nenhuma proposta concreta foi apresentada pela Prefeitura até o momento.