O Grande Prêmio da Áustria abre o fim de semana mais veloz da Fórmula 1 com tudo para entregar emoção, estratégia e imprevisibilidade. Com treinos iniciando nesta sexta-feira (27) e a corrida marcada para domingo (29), às 10h (horário de Brasília), o circuito de Spielberg recebe as máquinas da temporada 2025 no tradicional Red Bull Ring, um traçado compacto de apenas 4,3 km que exige precisão milimétrica dos pilotos e nervos de aço das equipes. Conhecido pelas três zonas de DRS e por ser o traçado mais curto do calendário, o GP austríaco costuma ser palco de ultrapassagens ousadas e reviravoltas no grid.
Apesar do ritmo forte e da familiaridade da pista entre os pilotos, a corrida deste ano chega com novidades. A equipe Sauber anunciou a estreia de um novo pacote aerodinâmico, com foco em estabilidade em curvas médias e melhorias no fundo do carro, numa tentativa de entrar no pelotão intermediário. A atualização é estratégica, considerando que a Sauber ainda não pontuou nesta temporada. Outras equipes, como Alpine e Williams, também testam ajustes pontuais em asas e refrigeração, embora sem o mesmo grau de expectativa.
No topo da tabela, Oscar Piastri lidera o campeonato com uma McLaren cada vez mais consistente, enquanto Lando Norris tenta recuperar terreno após o acidente com Max Verstappen no Canadá. Já a Mercedes, com George Russell em ascensão, chega embalada pela vitória em Montreal e vê a pista austríaca como uma chance real de brigar pelas primeiras posições. Do outro lado, Verstappen corre em casa, diante de uma torcida apaixonada, e deve se apoiar no favoritismo local para compensar as oscilações da Red Bull nas últimas provas, sobretudo em curvas de baixa velocidade.
O clima nos Alpes promete ser mais um elemento de tensão: calor nos treinos, possibilidade de chuva no domingo e céu instável ao longo do fim de semana. Esse cenário exige atenção redobrada às estratégias de pneus. A Pirelli levou para Spielberg os compostos mais macios da gama — C3, C4 e C5 — e espera-se ao menos uma parada obrigatória, com margem para duas, caso o Safety Car entre ou a meteorologia mude de forma abrupta durante a corrida.
A direção de prova também estará atenta aos limites de pista, especialmente nas curvas 9 e 10, conhecidas por gerar punições e apagar tempos de volta. Outro ponto técnico que pode influenciar é a calibragem dos sensores de DRS, que a FIA está reavaliando para garantir tempo de ativação mais uniforme entre os carros. Em uma pista em que cada décimo de segundo conta, detalhes como esses podem ser decisivos para definir o grid de largada e o pódio.