É oficial: Gabriel Bortoleto vai largar em P8 no Grande Prêmio da Áustria, e sim — vindo da Sauber — isso é praticamente uma pole position com a bandeira do Brasil estampada no peito.
A classificação aconteceu neste sábado (28) e marcou um feito que é muito mais do que técnico: é emocional. Bortoleto levou a Sauber ao Q3 pela primeira vez em muito tempo, superando adversários de carros mais competitivos e calando qualquer desconfiança sobre seu lugar no grid. Para quem acompanha a F1 com o coração, foi um momento daqueles de levantar do sofá.
A equipe suíça trouxe atualizações, verdade. Mas nada revolucionário. Não foi um salto, foi um empurrão. E mesmo assim, o brasileiro aproveitou cada décimo, cada curva, cada brecha, e cravou uma das voltas mais sólidas da sua temporada — garantindo um lugar na quarta fila. E isso, num grid tão nivelado e impiedoso como o atual, é gigantesco.
Durante os treinos livres, Bortoleto já mostrava ritmo. Mas foi na classificação que ele uniu tudo: carro ajustado, confiança em alta e aquela pilotagem que não se ensina — se sente. Passou pelo Q2 com autoridade, encarou o Q3 com maturidade e saiu com a melhor posição de largada da Sauber desde os dias de Bottas em 2023.
Pra quem diz que o Brasil está apagado na Fórmula 1, a resposta está aí: em um jovem de fala calma e talento agressivo, que transformou um sábado comum em Spielberg em uma vitória simbólica para o automobilismo nacional.
E a corrida de hoje (29) pode ser ainda mais especial. Largando bem, com estratégia certeira e a confiança lá em cima, Gabriel tem chance real de conquistar seus primeiros pontos na F1 — algo que um brasileiro não faz desde 2017, com Felipe Massa.