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Round 6 encerra a terceira temporada com recordes, críticas divididas e um aviso: o jogo pode até acabar, mas o trauma continua

Série sul-coreana mais vista da história da Netflix volta com novos jogos, velhos dilemas e um final que dividiu o público. Será mesmo o fim da linha ou só o começo de uma nova fase?

Alexia Dias
Por: Alexia Dias
03/07/2025 às 11h00
Round 6 encerra a terceira temporada com recordes, críticas divididas e um aviso: o jogo pode até acabar, mas o trauma continua
Round 6 encerra a terceira temporada com recordes/Foto:Reprodução

Round 6 retornou no dia 27 de junho de 2025 para sua terceira e oficialmente última temporada, e já chegou fazendo barulho. Com apenas três dias no ar, a série somou mais de 60 milhões de visualizações e quebrou recordes de audiência na plataforma. Mas o sucesso de público veio acompanhado de um dilema que a própria série conhece bem: dividir para conquistar.

A temporada final mergulha fundo no psicológico de Gi-hun, agora em uma missão quase suicida para destruir o jogo por dentro. A narrativa aposta menos nos jogos brutais e mais nos bastidores: o que sustenta essa máquina de morte? Quem lucra com isso? E, principalmente, até onde um jogador é capaz de ir para romper o sistema?

Ao contrário das temporadas anteriores, onde a violência gráfica e os jogos letais eram o centro das atenções, a terceira temporada aposta numa abordagem mais cerebral e politizada. A crítica elogiou o amadurecimento do roteiro, mas nem todos os fãs acompanharam esse ritmo mais lento. “É o Round 6 mais denso e também o mais controverso”, cravou o Plano Crítico.

Os flashbacks do Front Man e o retorno do detetive Jun-ho trazem camadas interessantes à trama, mas também esticam a narrativa em momentos desnecessários. Ainda assim, o último episódio traz reviravoltas emocionantes e amarra pontas que estavam soltas desde a primeira temporada.

A produção também aproveita para expandir seu universo com novos personagens, entre eles o enigmático jogador interpretado por Im Si-wan, que virou assunto nas redes sociais pela intensidade da atuação. As críticas sociais continuam afiadas: desigualdade, ganância, manipulação midiática e exploração estão todas lá só que agora em escala global.

A atuação de Lee Jung-jae, vencedor do Emmy, segue como ponto alto da série. O Gi-hun da terceira temporada é uma figura atormentada, com semblante cansado e convicções perigosamente firmes. O herói virou mártir  e o público sente o peso disso em cada cena.


Final ousado (e polêmico)

Sem spoilers, o encerramento da série é simbólico, sombrio e propositalmente desconfortável. Não é um final feito para agradar, mas para provocar. Há quem ame. Há quem deteste. E há quem simplesmente diga: “ok, mas cadê o próximo episódio?”.

Apesar de ser vendida como a última temporada, o criador Hwang Dong-hyuk já declarou em entrevistas que considera explorar spin-offs no universo de Round 6. Ou seja, pode até ser o fim do jogo... mas talvez não da franquia.


 Vale maratonar?

Sim. Round 6 fecha sua trajetória com coragem narrativa e provocações afiadas. Pode não ter o mesmo impacto explosivo da primeira temporada, mas entrega uma conclusão coerente, crítica e emocionalmente devastadora.
Se você busca uma série que entretenha e, ao mesmo tempo, te deixe remoendo os próprios valores depois do play, então sim — o jogo ainda vale a pena.

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