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“Houve uma infração legal na prisão de Tatiana Medeiros”, diz OAB Piauí

OAB Piauí contesta prisão da vereadora Tatiana Medeiros e afirma que a falta de comunicação à entidade configura infração legal.

Alexia Diaz
Por: Alexia Diaz
03/04/2025 às 11h57 Atualizada em 03/04/2025 às 12h48
“Houve uma infração legal na prisão de Tatiana Medeiros”, diz OAB Piauí
“Houve uma infração legal na prisão de Tatiana Medeiros”, diz OAB Piauí/Foto: Teresina em Foco

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí (OAB-PI) contestou a prisão da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), alegando que houve uma infração legal no procedimento. Segundo o presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da OAB-PI, Leonardo Carvalho Queiroz, a entidade não foi comunicada previamente sobre a detenção da parlamentar, que também é advogada.

“A OAB Piauí trabalha incansavelmente na defesa das prerrogativas da advocacia e o nosso papel institucional é assegurar que as prerrogativas da advogada sejam respeitadas no caso concreto. Diante da não comunicação prévia à OAB, entendemos que houve sim uma infração legal e, dessa forma, iremos adotar as medidas cabíveis, sendo possível inclusive a anulação eventualmente deste ato”, afirmou Queiroz.

Tatiana Medeiros foi presa durante a segunda fase da operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal para combater a influência de facções criminosas no processo eleitoral das eleições municipais de 2024. A ação cumpriu oito mandados judiciais, incluindo dois de prisão preventiva, três de busca e apreensão e três de afastamento de função pública.

A defesa da vereadora solicitou acesso ao processo e ainda não se manifestou sobre o mérito da acusação. No entanto, Queiroz reforçou que a OAB está atenta ao desdobramento da investigação e destacou que a prisão preventiva pode ser contestada judicialmente. "O primeiro momento que a gente avalia é a questão processual para restaurar a dignidade e a liberdade da advogada, que foi cumulada com outras medidas cautelares. Nós entendemos que as medidas cautelares já arbitradas são suficientes e que esta prisão deverá ser contestada judicialmente", explicou.

Outro ponto levantado pela defesa é a suposta ligação da vereadora com facções criminosas. Segundo Queiroz, essa relação teria se baseado apenas em um relacionamento pessoal recente, sem evidências concretas de envolvimento direto com atividades ilícitas. “A investigação constata que apenas pouco mais de cinco meses que eles estão juntos, e ainda é muito prematuro dizer que ela tem qualquer relação com outros fatos relacionados ao seu companheiro que não seja o estritamente conjugal”, acrescentou.

A Polícia Federal ainda não se manifestou sobre as alegações da OAB. Já o PSB, partido da vereadora, divulgou uma nota afirmando que acompanha o caso e que só se pronunciará oficialmente após ter acesso ao inquérito.

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